Um surto de conjuntivite vem se espalhando por todo o país desde o fim do mês passado. Segundo informações do Ministério da Saúde, desde o final de fevereiro até o próximo sábado devem ser registrados 106 mil casos. Cidades do Estado de São Paulo também estão contagiadas. Só nos últimos 45 dias, a capital paulistana registrou 50 mil casos até a última sexta-feira, segundo o Centro de Controle de Doenças. O vírus também já vem afetando a população do interior de São Paulo e litoral, e agora Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá já contabilizam os números em seus hospitais.

Na Estância, o Hospital São Lucas já prova que o vírus está atingindo a população. Segundo informações da Vigilância Epidemiológica Municipal, do dia seis de fevereiro até ontem, foram atendidos 1.858 casos na cidade. A procura é tanta que em ocasiões os médicos estão realizando atendimentos coletivos, com orientações e receituários, para diminuir as filas e reduzir o risco de contágio.

“A infecção começou no domingo a noite, e por enquanto está em um olho apenas. Por enquanto senti irritação, ardência e coceira. Parece que tem areia”, afirma a estudante de 19 anos, Stephanie Zechin, moradora de Ribeirão Pires.

“Ainda não fui ao médico, mas estou cuidando em casa. Ontem já não fui trabalhar e nem para a faculdade. Não vou arriscar passar para todos com quem trabalho ou da minha sala”, finaliza Stephanie.

Já Mauá afirmou que até o momento 9.250 casos foram diagnosticados, configurando surto da doença no município. A medida preventiva recomendada foi a de constante higienização das mãos, além de evitar o contato das mãos aos olhos e com objetos potencialmente contaminados. A Prefeitura de Rio Grande da Serra, procurada pela reportagem, não confirmou os números sobre atendimentos médicos até o fechamento dessa edição.

Orientação à população

– Procurar assistência médica na ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, evitando a automedicação.

– Aspectos de higiene pessoal, principalmente quanto à lavagem de mãos frequente e uso e descarte de lenços descartáveis.

– Uso individual de toalhas, maquiagem para os olhos, soluções oftálmicas e outros medicamentos conta-gotas.
– Troca diária de fronhas.

– Evitar frequentar locais aglomerados quando da ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite: creches, escolas e local de trabalho.

Fonte: Folha Ribeirão Pires