Bagunça e desentendimento deram o tom da sessão na Câmara de guia Ribeirão Pires ontem. O motivo foi o sumiço de parecer da Comissão de Finanças e Orçamento acerca do projeto de lei do Executivo que aumenta multa para estabelecimentos que não possuem todos os alvarás de funcionamento. A infração passará de grave (com multa de R$ 239) para gravíssima (R$ 578).

A falta do documento só foi notada porque o vereador Koiti Takaki (PSD) pediu a leitura do parecer na hora da votação. O 1º secretário, Edson Savietto, o Banha (PDT), percebeu que o texto não constava no processo e comunicou o presidente, Gerson Constantino (PSD), que suspendeu a sessão por dez minutos.

“Os funcionários foram ver no setor administrativo (que fica em outro prédio) se o parecer está lá. Desconfio que tenha sido problema funcional”, explicou Gerson, durante o intervalo do trabalho legislativo. O parecer foi encontrado numa pasta que constava noutro projeto do Executivo, que não estava em votação.

Toda novela em relação ao projeto começou porque José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), pediu adiamento da propositura por duas semanas, aprovada em primeira discussão na semana passada. “Temos pontos que podemos melhorar. É preciso pensar nos profissionais liberais, pois trata-se de aumento nos impostos”, reclamou.

O líder do governo na Câmara, Antônio Muraki (PTB), foi até a tribuna rebater a solicitação do colega. “Já votamos esse projeto pela primeira vez e sabemos que é somente alteração de nomenclatura. Garanto que não aumentará em nada.”

O republicano, por sua vez, declarou que o posicionamento do petebista era “vazio”. Vicentinho afirmou ainda que o direcionamento para adiar era do PR. Entretanto, a vereadora Diva de Souza Bartolo, a Diva do Posto (PR), foi contra a iniciativa do correligionário. O adiamento foi recusado por seis votos a quatro.

Fonte: Diário do Grande ABC

Esta notícia foi publicada em quinta-feira, 13 de outubro de 2011 a 15:41 na categoria Notícias Ribeirão Pires.